Você já ouviu falar em ESG? Sabe o que significa esta sigla? Neste texto da The Wall Investimentos, você entenderá o que são os ativos ESG e como, ao investir neles, você também pode contribuir com diversas ações ambientais e sociais no mundo todo.
O que são ativos ESG?
Há tempos que acompanhamos pelas notícias da TV e da internet sobre o quão importante é a preocupação com o meio ambiente e que devemos sempre voltar nossos olhos para ações sustentáveis. Com o avanço da ciência, é nítido como a atuação do homem, no que se refere a companhias de todos os setores e de todos os tamanhos, interfere negativamente, resultando em mudanças climáticas, destruindo ecossistemas e a existência de todos os seres vivos do planeta.
O que devemos ter em mente, sem mais adiar é:
como executar ações para reverter drasticamente esse caminho de destruição ambiental e social causada pelos processos produtivos?
Em resposta a este questionamento, cientistas, ativistas e simpatizantes de causas ambientais vêm sugerindo e contribuindo ativamente para que se iniciem cada vez mais pesquisas no Brasil e no mundo sobre o tema.
O intuito é agregar o máximo de empresas a incluírem comprovadamente às suas políticas os princípios de ESG, tornando-as mais sustentáveis e com isso contribuindo com a sociedade e meio ambiente. O resultado disso? Atração de investidores engajados com a causa, agregando valor às suas marcas, tornando-as a médio e longo prazo mais atrativas para o mercado e, como consequência, mais lucrativas.
Partindo deste pressuposto, parece “fácil” tirar estas ações da teoria e trazê-las para o mundo real. Mas disseminar estas ideias mundo afora, gerando tais transformações positivas a que este conceito se propõe é mais complicado do que parece.
Aderir ao modelo de ESG com a criação de padrões avaliativos, na prática, ajuda a sabermos o quão aderentes aos conceitos as empresas estão. Assim, fica fácil nortear os investidores a fazerem escolhas mais assertivas e evitar que o capital ora investido, financie involuntariamente práticas degradantes e nocivas como emissões de gases de efeito estufa, degradação do meio ambiente, propagação de todo o tipo de discriminação e etc.
Mas, afinal, o que representa a sigla ESG?
Em 2005, a ONU, Organização das Nações Unidas, divulgou um relatório chamado “Ganha quem se importa”. Este documento é considerado um marco inicial sobre como podemos unir os conceitos de sustentabilidade à escolha dos investimentos e foi neste relatório, inclusive, que surgiu pela primeira vez a sigla ESG, que em tradução para o português significa “ambiental, social e governança (ASG)”. A seguir, vamos aprender o que significa cada letra desta sigla.
E – ENVIRONMENTAL (ambiental):
refere-se às práticas de preservação e qual o posicionamento das empresas acerca de questões ambientais como, por exemplo, o desmatamento, a gestão de resíduos, a biodiversidade, etc.
S – SOCIAL:
engloba o relacionamento da empresa com as pessoas que estão inseridas no seu contexto. Abrange assuntos como satisfação do cliente, diversidade, LGPD, entre outros.
G – GOVERNANCE (governança):
por fim, o item que representa os padrões da gestão da companhia, tais como: conduta corporativa, composição do conselho, comitês de auditoria e etc.
Com isso, é possível observar que este é um vasto campo de finanças sustentáveis e que devem fazer parte da atividade da empresa. Entretanto, segundo a consultoria global Accenture, o caminho a ser percorrido é longo e ainda existe uma grande distância entre os discursos e a prática, o que a própria consultoria classifica como gap entre a intenção e a entrega. Para a Accenture, embora muitas empresas estejam integrando sustentabilidade às suas operações, agregando mais responsabilidade social, para algumas organizações aliar a retórica aos objetivos corporativos é ainda um grande desafio.
Os dados levantados pela Accenture comprovam que 43% das 521 maiores empresas existentes no mundo não têm capacidade de entregar o valor correspondente à sua intenção, mas 96% dos executivos entrevistados informaram que seus processos de negócios e suas políticas corporativas já absorvem as práticas de negócios responsáveis e/ou o colocarão em prática nos próximos três anos.
Para a consultoria, só será possível acelerar esse processo quando os stakeholders cobrarem as organizações, responsabilizando-as pela falha na entrega do propósito. Em outras palavras, significa que a sociedade, os governantes e investidores devem exigir cada vez mais das marcas uma atuação responsável, de fato, que transforme sua cultura empresarial e por consequência, a sociedade.
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